segunda-feira, 31 de maio de 2010


Eu sou uma bailarina e cheguei aqui sozinha, não pergunte como eu vim porque já não sei de mim. Do meu circo eu fui embora, eu sei que minha família chora; não podia desistir, se um dia como um sonho ele apareceu pra mim. Tão brilhante como um lindo avião, chamuscando fogo e cinza pelo chão. De repente como um susto num arbusto logo em frente aconteceu uma explosão, afastando a minha gente. Mas eu não quis ir embora, eu não podia ir embora, como se nascesse ali um amor absoluto pelo homem que eu vi. Poderia lhe entregar meu coração, alma, vida e até minha atenção? Mas vieram as sirenes e homens falando estranho, carregaram meu presente como se ele fosse um santo. Dirigiam um carro branco e num segundo foram embora. Desse dia até agora, não sei como, não pergunte, procuro por todo canto. Astronauta diz pra mim, cadê você? Bailarina não consegue mais viver..

Tiê.

Um comentário:

Rodrigo Garcia disse...

Gostei do seu jeito de escrever! Muito bom.

Lembrou-me uma música do Paralamas "tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua, merecia a visita não de militares, mas de bailarinos..."

Um abraço.

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E digo no meu inglês péssimo que se a realidade nos alimenta com lixo, a mente pode nos alimentar com flores.